PARTE 1
Há poucos dias soube que uma escola estaria redestribuindo os alunos do ensino fundamental de um mesmo ano em duas salas de aula. O critério a ser utilizado para redestribuição seriam as médias escolares. Então teríamos a classe dos "super poderosos" com suas super médias calóricas e a mesma classe teria sua representação menos robusta, menos favorecida em termos de notas.
Quando perguntei sobre que alegação a coordenação apresentava para essa patética classificação, fiquei mais abismada ainda. Segundo meu interlocutor seria porque os professores reclamavam muito do comportamento dos "potencialmente desnutridos educacionais". Afinal de contas, os pobres professores tinham que se desgastar em demasia para dar explicações infindáveis aqueles que não conseguiam acompanhar os conteúdos trabalhados e rapidamente absorvidos pelos "super poderosos".
É inconcebível que esse tipo de conduta se estabeleça em uma instituição de ensino sem que pensemos nas consequências, de infinitas proporções, que essa ação poderá causar entre os alunos, professores e toda comunidade escolar. VIOLÊNCIA ?
Quando identificamos na conduta das crianças e jovens um comportamento discriminatório (absorvido nas relações sociais, geralmente apreendidas na família), achamos que a escola deve atuar de forma mais contundente de modo a pacificar e minorar ou mesmo eliminar de vez esses comportamentos. Agora o que dizer quando a própria escola é descriminatória e rotula seus alunos porque é mais fácil fazê-lo assim. É mais fácil "resolver" o problema empurrando a sujeira pra debaixo do tapete. É mais fácil conceber a aprendizagem como produto que encontramos nas prateleiras dos super mercados. Compramos, nos apropriamos e pronto!
Aprendizagem é processo. Tem ritmo próprio. Alimenta-se de estimulo, motivação, flexibilidade, possibilidades, planejamento, compromisso, diálogo, significação e de uma série de outros fatores estabelecidos pelo contexto cultural, social, econômico, político e tantos outros elementos existentes na realidade de cada um de nós.
O que vocês acham dessa história que acabei de contar? É real? É ficção?
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